03 março 2008

Trabalhando com Jornais


Logo no primeiro dia de aula, em fevereiro, os alunos notaram a diferença. Havia algo de estranho. O que eram aqueles jornais? Por que deveriam trabalhar com eles? Onde estavam os livros didáticos? Por que a escola toda estava estudando daquele jeito?

Mas as coisas não pararam por aí. Professor de geografia ensinando matemática? Professora de educação artística trabalhando com leitura e interpretação de textos? Aulas de educação física em sala-de-aula? Tudo muito esquisito, não?

De ínicio, os alunos pareciam desconfiados, confusos. Alguns queriam o método antigo, outros adoraram a novidade. Alguns exclamavam: Que coisa chata!

Com o tempo, os alunos foram se acostumando e percebendo que, com os jornais, passaram a melhorar suas habilidades com cálculos e desenvolver a sua leitura e entendimento de textos. Os bons alunos tiraram tudo de letra. Muitos alunos que sempre tiveram maiores dificuldades perceberam que não estavam mais sendo deixados para trás e, aos poucos, começaram a acompanhar as aulas, coisas que não conseguiam fazer antes.

É cedo para dizer se vai dar certo ou não, mas é nítido que as mudanças estão sendo feitas. Coisas novas estão sendo testadas. Isso é muito importante na tentativa de melhorar o desempenho dos alunos.

É só o começo, mas estou otimista. Acho que, finalmente, o governo passou a olhar a educação de uma outra forma. Diferente, inovadora. Os jornais são o primeiro passo de dias diferentes na educação paulista. E, pelo que tudo indica, essa mudança está vindo para melhor.

Um ótimo ano letivo para todos!

Ok! Marcelo.
3 de março de 2008.