28 maio 2009

Quando se Ensina, também se Aprende

Através da leitura da "Carta de Paulo Freire aos professores - Ensinar, aprender: leitura do mundo, leitura da palavra " podemos compreender a importância que a leitura crítica de textos e a leitura crítica do mundo têm para o dia a dia de quem tem como ofício a arte de ensinar.

Para Paulo Freire, o ato de ensinar não se desvincula do ato de aprender. Quando ensinamos estamos revendo conceitos já aprendidos e, portanto, reavaliando e reaprendendo. No diálogo que traçamos com quem aprende também reaprendemos, pois perpassamos caminhos inesperados, perguntas surpreendentes e, muitas vezes, quando realmente nos aprofundamos, percorremos linhas de raciocínio diferentes da nossa, portanto abertas ao novo.

O ato de ensinar, como diz Paulo Freire, requer “uma analise crítica de sua prática”. Além disso, o ensinante precisa, antes de tudo, estar capacitado para ensinar e, para tanto, precisa estar sempre se atualizando, aprendendo, estudando. O ato de estudar implica em refazer a leitura de mundo e das palavras, reavaliarmos conceitos e visões de mundo e, conseqüentemente, enriquecer nossos conhecimentos acrescentando novas leituras de conceitos já estabelecidos.

Nesse contexto, Freire acredita que prática e teoria devem caminhar sempre juntas e nunca desvinculadas uma da outra. Através dos conhecimentos que já temos e daqueles sistematizados pelo homem podemos fazer um confronto com o novo, refletirmos e assim remodelá-los de forma crítica, trazendo à tona novos conhecimentos e descobertas.

Paulo Freire é contra a transferência mecânica de conhecimentos, cujos conteúdos ficam desvinculados da realidade do aprendiz. Para ele é necessário que o aprender se realize de forma critica, levando-se em consideração a linguagem simples (conceitos criados na cotidianidade do aprendiz) e a “linguagem difícil” (conceitos abstratos, já sistematizados). Ao juntarmos o contexto (linguagem simples ) com o texto (linguagem difícil) possibilitaremos uma compreensão mais exata do objeto que estamos estudando e de sua relação com outros objetos. Freire ressalta que essa compreensão do objeto estudado não vem como milagre, mas ela “é trabalhada, é forjada” num “trabalho paciente, desafiador, persistente”. Ou seja, aprender requer muito esforço por parte de quem aprende.

Outro aspecto importante levantado por Paulo Freire está no equívoco que cometemos ao dicotomizar o ato de ler e o ato de escrever. Para ele, ler e escrever são “processos que não se podem separar” e deveriam ser aprendidos dessa forma inseparável desde a alfabetização para que, já na pós-graduação, o ato de escrever não fosse um martírio para muitos estudantes que redigem suas monografias. Ainda segundo o estudioso da Educação, “isso lamentavelmente revela o quanto nos achamos longe de uma compreensão crítica do que é estudar e do que é ensinar”.

Como sempre, Paulo Freire nos abre perspectivas que, mesmo na nossa frente, muitas vezes não conseguimos enxergar. No ato de ensinar o professor está sempre aprendendo e é importante que esteja sempre se atualizando, estudando, lendo para poder refletir criticamente sobre suas ações educativas e assim poder melhorar seu fazer docente. É importante também, que estejamos sempre levando em consideração o conhecimento informal do aluno como forma de facilitar a assimilação do conhecimento formal e assim, fazendo sua leitura de mundo junto com a leitura da palavra possa ter uma visão crítica da realidade que o cerca.

17 maio 2009

Economia Solidária? Alternativa para o futuro?

No final do mês de abril tive a oportunidade de conversar com uma mestre em educação que, especificamente, fez sua dissertação de mestrado a respeito de gestão escolar e, particularmente, abordou, em certo momento, a forma que a escola onde trabalho é gerida.


Claro que fiquei com os neurônios literalmente queimando ao conversar com alguém como ela. Muito inteligente e culta. Mas certamente foi um momento de muita aprendizagem e prazer.

Em nossa conversa, acabamos entrando na questão do discurso utilizado por professores e gestores que serve como alavanca para o ensino e perspectiva de futuro para os estudantes. Ou seja: Por que estudar? Para que estudar? Que futuro nossos alunos esperam da vida?

A maioria de nós ainda utiliza como resposta o mesmo discurso: "É preciso estudar muito para ser alguém na vida. Somente com muito esforço e estudo você vai conseguir um bom emprego, ganhar bem e se destacar na sociedade. Somente estudando é que um dia você vai chegar lá."

Mas será que esse discurso de fato serve para todo mundo? Dá certo com todos? Existe igualdade de condições tanto para o aluno da escola pública, quanto para o aluno da escola particular? Um grupo de alunos de baixa renda terá as mesmas chances e perspectivas de um grupo de alunos de alta renda se os esforços forem exatamente iguais nos dois grupos? Ou leva vantagem quem tem o poder econômico e faz parte de uma elite que abre as portas para empregos, relacionamentos, tempo para dedicação aos estudos, entre outros?

O tema que mais me chamou a atenção e que acredito ser um dos mais importantes em Sociologia da Educação foi mesmo a "Sociologia Crítica". Enxergar o mundo através dessa visão não é fácil. Porém, somente entendendo de forma crítica a realidade é poderemos propor mudanças e decidirmos o que pretendemos manter.

Não estou com tudo isso falando que não sou a favor do esforço e dedicação aos estudos para conseguir uma projeção econômica-social. O que quero deixar claro é que este modelo funciona somente para uma pequena parcela da população. Não existe igualdade de condições. E o pior, usar esse discurso em uma escola para alunos de baixa renda pode ser entendido, em muitos momentos, como um discurso vazio. Pois sabemos que a maioria, de fato, não chegará lá.

Neste momento é preciso parar para refletir. Pensar sobre a nossa relação com o mundo/sociedade e o que de fato queremos para o nosso futuro. Quais os nossos valores? O que entendemos por felicidade e bem estar? E, assim, poderemos, quem sabe, encontrar um modelo alternativo.

Acredito que as respostas para todas essas questões, dentro da escola pública, passam sim por continuar se esforçando e se aprofundando nos estudos. Porém, o que muda é o foco. O objetivo, agora, talvez seja encontrar esse modelo alternativo, menos desigual, onde a violência e a pobreza sejam menores. Onde se possa ter uma qualidade de vida boa, se não for para todos, mas pelo menos para a grande maioria.

Conversando com aquela mestra consegui organizar algumas idéias que ainda estavam embaralhadas. Ainda não sei exatamente que caminho e que discurso deveriam ser seguidos. A professora de Sociologia do curso de Pedagogia sugeriu leituras a respeito da Economia Solidária que me parece uma alternativa muito interessante.

Apenas uma certeza parece estar clara: somente continuando os estudos e se aprofundando é que poderemos encontrar respostas para todas essas questões.



14 maio 2009

Planejamento e Avaliação


Introdução

Planejar pode ser definido como uma série de ações que fazemos previamente, no campo das idéias, com o intuito de atingir um determinado objetivo. Quando realizamos uma viagem, por exemplo, planejamos em que lugar gostaríamos de ir, que pontos turísticos queremos visitar, onde vamos nos hospedar, quantos dias ficaremos ali, quanto dinheiro iremos gastar e assim por diante. O planejamento deve ser feito sempre com o máximo de detalhes possível, porém, existe certo momento em que é necessário colocá-lo em prática. Como nos ensina Amyr Klink, conhecido velejador brasileiro das águas frias desse planeta, “existe um tempo para melhorar, para preparar e planejar; igualmente existe um tempo para partir para a ação” [1] .

Além de conter detalhes importantes das formas que iremos executar determinadas ações para atingir determinados objetivos, o planejamento deve também estar aberto aos imprevistos. Muitas vezes, situações que não prevíamos aparecem no nosso caminho e, por outro lado, descobrimos que nem tudo que foi planejado poderá ser executado. Vejamos a curiosa forma de planejar viagens à bordo de uma Kombi que o casal de descendentes de japoneses, Mitsuoki e Yurico Suwabe, conhecidos como Casal Kombi, tem a nos exemplificar: “Costumamos calcular a distância entre as cidades para saber onde vamos parar. O roteiro nunca é seguido à risca: se há, por exemplo, uma cachoeira no caminho e ela não estava nos planos, fazemos uma pausa” [2] .


Desenvolvimento do Tema e Opinião

Esses exemplos de viagens nos ajudam a elucidar a importância que o ato de planejar tem para a boa realização de determinada atividade. Assim, podemos estender o assunto para os meandros da educação, buscando compreender como se dá o planejamento na escola, a sua importância, suas formas e também a relação que o planejamento tem com o ato de avaliar resultados.

No artigo “Ensinar bem... É saber planejar” , aprendemos que na escola “o planejamento é a etapa mais importante do projeto pedagógico, porque é nela que as metas são articuladas às estratégias e ambas são ajustadas às possibilidades reais” [3]. Segundo esse mesmo artigo existem, nas escolas, três tipos de planejamento: o plano da escola, o plano de ensino e o plano de aula. O primeiro, mais geral, articula os objetivos da escola com o sistema educacional mais amplo, no que podemos denominar de Projeto Político Pedagógico. O plano de ensino, que pode ser anual, trimestral ou bimestral, conforme o regimento interno de cada escola, determina as ações que cada disciplina executará por um período mais longo dentro do contexto escolar. Já o plano de aula nos mostra o que será feito dia-a-dia em sala de aula.

José Mário Pires Azanha, em artigo de Denise Pellegrini, afirma que no planejamento avaliamos “quais são os principais problemas e o que é possível fazer para resolvê-los” [4]. Ou seja, é necessário que, ao fazer o planejamento com a equipe escolar, estejamos cientes dos problemas e dificuldades que aflige os alunos e comunidade do entorno da escola e assim possamos propor ações de forma a solucioná-los. Para Jamil Cury, citado no mesmo artigo, “ao propor ações que dêem respostas às necessidades e aos anseios da comunidade escolar, define-se o perfil, o jeito, a marca. Um trabalho capaz de atender às exigências de todos – respeitando, obviamente, as responsabilidades de cada um”.

Após o fim de um ano letivo e a execução dos planos idealizados, chega o momento de se avaliar os resultados, buscando entender o que deu certo ou não, quais os objetivos alcançados e o que precisa ser melhorado. A avaliação deve ser um ato tanto individual, em cada disciplina, mas, sobretudo, um ato coletivo. Portanto, o ato de planejar é também um ato de re-planejar, pois sempre leva - ou deveria levar - em conta situações que ocorreram anteriormente, experiências prévias. Dessa forma José Cerchi Fusari, professor da Universidade de São Paulo, explica que “a principal função do planejamento é construir, desestruturar e reconstruir o projeto político-pedagógico da escola” [5] .

Percebemos, portanto, que o planejamento é um processo dinâmico, que vai se alterando conforme o tempo e conforme as necessidades da comunidade escolar e do seu entorno. Nem tudo que é planejado é possível de ser executado e nem todas as metas são plenamente atingidas. Daí a necessidade de se avaliar o que foi feito e re-planejar as ações para o ano seguinte. Para Cipriano Carlos Luckesi, doutor em Filosofia da Educação, “a avaliação poderia ser compreendida como uma crítica de percurso de uma ação, seja ela curta, seja ela prolongada. Enquanto o planejamento dimensiona o que se vai construir, a avaliação subsidia essa construção, porque fundamenta novas decisões” [6] .

Outro aspecto importante da avaliação, dessa vez de ordem prática no percurso de ensino-aprendizagem, está centrado na idéia de que os alunos possuem ritmos diferentes de aprendizagem, enquanto alguns estão em estágios mais avançados, outros ainda precisam recuperar conteúdos e competências que ainda não alcançaram. Dessa forma, muitos estudiosos da educação nos alertam sobre o perigo de se avaliar nossos alunos de forma tradicional, dando notas boas para aqueles que foram bem nas provas e punindo aqueles que não conseguiram atingir médias razoáveis. Neste momento é necessário que o professor leve em consideração não apenas o quanto os alunos conseguem responder corretamente as questões de uma prova. O professor deve se questionar o “quanto” deve saber cada criança e isso depende de uma série de fatores, como nos mostra Paola Gentile: tudo isso depende “de sua história, dos conhecimentos prévios, da relação com o saber” [7] . Classificar alunos como “bons” ou “maus” conforme suas notas faz um estrago enorme para a auto-estima deles. Para Antoni Zabala, citado por Gentile, “o professor precisa selecionar conteúdos e atividades adequadas para cada turma, conforme suas necessidades particulares” . Deve estar sempre medindo o desempenho dos mesmos e aperfeiçoar as deficiências daquele grupo para, no fim do processo, avaliar de forma qualitativa a evolução daquele grupo e não apenas comparar o desempenho dele com outros ou com as metas, às vezes, arbitrarias e fechadas do plano de ensino. O importante não é que um grupo atinja todos os objetivos propostos em uma dada disciplina, mas sim que se perceba a sua melhoria de acordo com o que já sabiam previamente e assim incentivá-los a enfrentar desafios e comprometê-los com a sua melhoria particular. Nesta visão de processo de ensino-aprendizagem não é justo querer que todos consigam atingir as mesmas metas, que consigam aprender as mesmas competências e conteúdos, se partiram de momentos de aprendizagem diferentes. Alguns, mais adiantados conseguirão se sair melhor, outros ainda atrasados não terão o mesmo êxito. Daí a importância de se levar em consideração o ponto de partida de cada aluno.


Estudo de Caso

Para apresentar um modelo de planejamento, conforme proposição para a realização desta pesquisa, vamos considerar o Projeto Político Pedagógico da Escola Estadual Barnabé, onde o autor deste trabalho atua desde o ano de 2001 e centralizar a análise nos planos de ensino e avaliações que a professora de Inglês, desta mesma unidade escolar, realizou durante o ano de 2008 para a 5ª série do ensino fundamental.

É importante ressaltar que o Projeto Político Pedagógico da escola – que aqui consideramos como sendo o Plano da Escola, conforme classificação citada anteriormente - é norteado pela Prosposta Curricular desenvolvida pela Secretaria da Educação do Estado de São Paulo e que, por sua vez, é fundamentada na Lei de Diretrizes e Bases (LDB) do governo federal.

A partir da proposta curricular do Estado de São Paulo, especifica da disciplina de inglês, e levando-se em consideração o Projeto Político Pedagógico da Escola Barnabé, foram montados os planos de ensino para cada um dos quatro bimestres da disciplina de Inglês para as quintas-séries da escola. Cada plano de ensino está dividido em cinco partes:

1. Objetivo: Competências e habilidades a serem desenvolvidas;
2. Conteúdos: Assuntos a serem trabalhados;
3. Procedimentos Metodológicos: Formas que os conteúdos serão executados para se atingir os objetivos;
4. Recursos Pedagógicos: Recursos utilizados durante as aulas;
5. Avaliação: Formas de avaliação para se analisar o desempenho dos alunos.

Ao analisar os planos de ensino bimestrais e as cadernetas de registro de classe da referida professora, podemos entender como funciona a dinâmica entre o que deve ser aprendido e como se leciona. Nos Planos de Ensino são colocados os objetivos a serem alcançados em determinado bimestre, que por sua vez são baseados no Caderno do professor – outro instrumento orientador das ações de aprendizagem na sala de aula, editado pelo governo estadual de São Paulo. Exemplificando, no primeiro bimestre, uma das competências a serem desenvolvidas nos alunos, constante do Plano de Ensino da professora, era a de “engajar-se em pequenos diálogos de trocas de cumprimentos e despedidas: formais e informais”. No dia 11 de março, a professora registrou na caderneta de classe, da 5ª série B, ter realizado a seguinte atividade: “Saudações de acordo com as partes do dia. Atividades orais e escritas”. No Caderno do Professor, a primeira Situação de Aprendizagem – plano de aula – intitulava-se: “Greetings and Leave-taking”, referindo-se exatamente aos cumprimentos e despedidas e mostrando as estratégias de ensino e os recursos necessários para os mesmo. Dentro do Projeto Político Pedagógico da Escola, intitulado de Proposta Pedagógica, encontramos a seguinte fala: “o professor, além da preparação do aluno, direta e intencionalmente, será um estimulador do processo de descobrimento da realidade, propiciando-lhe a construção do seu próprio conhecimento, estabelecendo relações com o já construído através dos tempos, pela sociedade”.

Podemos perceber assim, a existência de um diálogo importante no planejamento das atividades da disciplina de inglês para quinta série do ensino fundamental da Escola Estadual Barnabé, que engloba as diversas escalas desse processo de planejamento. Indo desde o Projeto Político Pedagógico que se articula aos Planos de Ensino e aos Planos de Aula e chegando às situações de aprendizagem aplicadas pela professora em sala de aula. Essa articulação parece conseguir bons resultados, pois no primeiro bimestre de 2008 houve apenas duas “notas vermelhas” – resultados negativos - em trinta alunos matriculados na turma de 5ª série B.

Analisando o Plano de Ensino do primeiro bimestre de Inglês, percebemos também que os procedimentos metodológicos, utilizados pela professora, deixam as aulas mais dinâmicas. Ao se observar suas aulas, confirmamos que a mesma faz uso, na prática, de tais procedimentos. São eles: práticas orais em grupo, leitura dirigida, diálogos e apresentação de vocabulário e funções comunicativas. Os procedimentos metodológicos propostos pela professora vão ao encontro das Estratégias de Ensino propostas no caderno do professor que incluem: jogos de sensibilização; práticas orais em grupo; leitura dirigida; música (opcional).

Em relação à avaliação, percebemos que existe uma consonância entre o que a professora executa e o que é proposto pelas diretrizes governamentais, bem como o que a professora prioriza nos Planos de Ensino. Observando a caderneta de classe, podemos perceber que em várias atividades, a professora fez uso de dinâmicas orais e escritas que resultaram em uma nota denominada de “desempenho” onde todos os alunos conseguiram obter “notas azuis”, ou seja, resultados positivos. Por sinal, esses “registros de participação dos alunos” contribuem para que se consiga ter uma visão geral e continua do desempenho individual de cada aluno. Outro detalhe que vale ressaltar foi que a professora, ao longo do bimestre, retomou os assuntos abordados naquela primeira situação de aprendizagem, através de atividades diversificadas: ora trabalhando com folhas de atividade para “preencher balões”, ora através de “atividades orais usando o vocabulário e a estrutura frásica já aprendida”. Comprovando, assim, que a avaliação/recuperação continua é uma forma eficaz de se obter bons resultados com os alunos, vide o bom desempenho em suas notas finais.


Conclusões

O planejamento é um instrumento importante para guiar as ações da equipe escolar durante o ano letivo. Com ele podemos determinar os objetivos que queremos atingir, assim como as formas que iremos utilizar para alcançar esses objetivos. Todo planejamento deve levar em consideração os anseios de alunos e comunidade do entorno da escola e deve estar articulado ao Sistema de Ensino ao qual a escola faz parte.

O ato de planejar é também um ato de avaliar. Quando planejamos, levamos em consideração conhecimentos prévios, coisas que deram certo ou errado em anos anteriores e, portanto, que devem ser revistos na aplicação do ano corrente. Esses pressupostos se estendem também para o ritmo de cada disciplina em cada bimestre do ano letivo. É necessário que o professor esteja sempre avaliando a aprendizagem dos alunos, suas dificuldades e, assim propor mudanças de ações se os resultados não estiverem sendo satisfatórios.

Ao analisar os planos de ensino e as ações, em sala de aula, de uma professora em particular, foi possível entender como se articula o planejamento e o processo de ensino-aprendizagem em uma sala de aula.

No caso específico estudado, pode-se perceber que o processo de ensino-aprendizagem realizado por uma professora de inglês em uma escola da Rede Estadual de Ensino do Estado de São Paulo, garantiu bons resultados de aprendizagem a seus alunos, graças à dinâmica realizada pela professora no cotidiano da sala de aula. Os “registros de desempenho dos alunos”, realizados por essa professora, durante o período de todo um bimestre comprovam a importância de se acompanhar todo o processo do desenvolvimento de aprendizagem dos alunos. Pois, possibilita verificar a defasagem que possa estar acontecendo com alguns deles. Por outro lado, a revisão de conteúdos com aplicações de atividades diversificadas nos mostrou que os alunos aprendem melhor, uma vez que o desempenho dos mesmos foi considerado bom.

Assim sendo, os processos de planejar e avaliar devem ser constantes e estar presentes em todas as instâncias de uma escola, desde o Projeto Político Pedagógico até o dia a dia da sala de aula. Somente com o planejamento, muita reflexão e avaliações críticas é que poderemos melhorar a qualidade de ensino das escolas.

[1] Gestão de Sonhos: riscos e oportunidades: Entrevista de Amyr Klink a Sérgio Almeida. Salvador, BA: Casa da Qualidade, 2000. pg 15.

[2] Se essa Kombi falasse. Revista Viagem e Turismo. Edição 93. Editora Abril, julho de 2003. Disponível em: http://www.geocities.com/casalkombi . Seção Imprensa. Acesso em 09/05/2009.

[3] http://novaescola.abril.com.br

[4] Que escola queremos? Denise Pellegrini. http://novaescola.abril.com.br/index.htm?ed/158_dez02/html/proposta_pedagogica.

[5] Idem.

[6] Planejamento e Avaliação na Escola: articulação e necessária determinação ideológica. Disponível na Plataforma do Curso de Pedagogia da Unimes Virtual.

[7] Avaliar para crescer. Texto disponível na Plataforma do Curso de Pedagogia da Unimes Virtual.

[8] Idem.