11 julho 2009

Preservação da história

Além de atuar junto à comunidade em apoio às reivindicações de todos, a EE Barnabé faz questão de preservar a memória do bairro. O edifício é tombado pelo patrimônio histórico e a sala da diretora pode ser considerada um museu. Um projeto coordenado pelo professor de Geografia Marcelo Hideki Suwabe colocou as turmas do 6º ano do Ensino Fundamental ao 1º ano do Ensino Médio para ajudar na restauração do acervo.



É possível encontrar documentos do início do século (como livros de ponto, de matrícula, boletins, livros pedagógicos e fotos) e objetos usados na época da Revolução Constitucionalista (o prédio serviu de quartel), como capacetes e medalhas de ex-combatentes. Suwabe, especialista em patrimônio histórico, orientou todas as ações e teve o apoio de profissionais do Centro de Memória da Fundação Bunge, que ministraram palestras técnicas para os estudantes. O trabalho começou com a higienização dos materiais. Depois da limpeza, foi feita a classificação e organização dos itens com base num inventário já existente. Os que ainda não estavam na lista foram incluídos.

Com tudo organizado, hoje é possível conhecer um pouco sobre a história da região. Os alunos chegaram a montar uma exposição durante o encontro num centro de convenções de Santos. Alguns deles vestiram uniformes antigos para monitorar as visitas e explicar a origem e a história dos objetos. Outros ajudavam os visitantes a consultar o nome de parentes nos livros de matrícula. "Conhecer o passado os ajuda a valorizar a escola e a se identificar com ela, cuidando da aprendizagem do passado e do presente", conta o professor, que atualmente atua como coordenador pedagógico.



Publicado em: Revista Nova Escola - Gestão Escolar, nº 2, junho/julho de 2009


Portas abertas para o bairro

Escola no litoral paulista cuida da aprendizagem dos alunos e dos problemas da comunidade.

Nem o antigo prédio da escola escapou da deterioração. Mas hoje ele se destaca na paisagem. E não apenas pela arquitetura, novamente preservada, mas também por abrigar a EE Barnabé, uma referência de ensino de qualidade na Baixada Santista. O mérito? Da gestão escolar, que soube manter um bom relacionamento com o entorno (leia no quadro abaixo as ações para aproximar a escola com o bairro).


Reportagem completa: http://revistaescola.abril.com.br/gestao-escolar/diretor/portas-abertas-bairro-476130.shtml

05 julho 2009

Realidade Social e Desenvolvimento Tecnológico

O filme Minority Report mostra as ações do Departamento de Pré-Crime, nos Estados Unidos, que em pleno ano de 2054 faz uso das tecnologias vigentes para impedir que assassinatos sejam cometidos. Os chamados pré-cogs antevêem um crime de forma mediúnica e, através das imagens formadas em seu cérebro, agentes da polícia identificam o local do crime, chegando a tempo de impedir que ele ocorra. Na dinâmica desse mundo futurista, as pessoas são reconhecidas através de scanneres oculares que cruzam informações até chegar à identidade de cada cidadão. O desenvolvimento tecnológico permite uma vida extremamente dinâmica, onde os deslocamentos são feitos de forma rápida e as propagadas interagem de forma pessoal com o seu alvo.

Na contra-mão desse mundo “perfeito”, existe toda uma máfia que busca burlar o sistema. Clínicas clandestinas fazem operações de mudanças de olhos para impedir que criminosos sejam identificados. Em locais periféricos, populações de baixa renda são quase que excluídos do sistema, porém, apesar de segregados pelo menor poder de consumo, estão menos sujeitos à vigilância constante.

Ao analisarmos a realidade mostrada no filme, não podemos deixar de fazer uma reflexão sobre a nossa própria realidade e, particularmente, como estudante de pedagogia é preciso associar desenvolvimento tecnológico, processo de ensino-aprendizagem e realidade social. Para atuar como cidadão em qualquer sociedade é necessário que as pessoas conheçam e façam uso das tecnologias vigentes. Portanto, como afirma Isabel Rodriguez, as teorias educacionais devem estar focadas na “construção de ambientes de ensino-aprendizado, apropriados aos tempos velozes e impermanentes”. É preciso formar cidadãos que saibam interagir com as tecnologias e sociedade de cada época. Nesta perspectiva, algumas questões podem ser levantadas nos dias de hoje: Como democratizar o conhecimento? Como levar a inclusão social/digital a todos? Como superar as desigualdades sociais?
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BIBLIOGRAFIA

- RODRIGUEZ, Isabel. Teorias: Aspectos Teóricos e Filosóficos. Postado em: http://www.abed.org.br/publique/cgi/cgilua.exe/sys/start.htm?UserActiveTemplate=1por &infoid=1066&sid=69, acessado em 25/07/2006.