25 junho 2011

 A Relação entre Geografia e História e os Hábitos Alimentares

Os hábitos alimentares de uma pessoa estão intimamente ligados às condições históricas e geográficas das quais ela faz parte.

A geografia influencia na alimentação de uma pessoa, pois dependendo de onde ela mora, ela será abastecida por diferentes tipos de alimentos, tanto de produção local quanto dos importados. Diferentes tipos de alimentos são produzidos conforme o clima local, o desenvolvimento das técnicas de cultivo, a quantidade de indústrias e suas tecnologias. A oferta de pescado influencia a alimentação de populações ribeirinhas e litorâneas, assim como verduras e legumes frescos estão mais facilmente à disposição de quem mora próximo às áreas rurais. Por outro lado, os grandes centros urbanos possuem um sistema de distribuição muito desenvolvido, o que propicia uma variedade de alimentos tanto de origem orgânica quanto os industrializados.

Hábitos históricos também fazem variar o tipo de alimentação de um grupo. Tradições e costumes fazem variar o cardápio na hora da alimentação. Descendentes de japoneses costumam consumir peixe cru, muita verdura e legumes. Os italianos, massa. Alguns grupos indígenas, derivados da mandioca. Os europeus consomem a carne de porco. Os espanhóis estão habituados aos cozidos com frutos do mar diversificados. E assim sucessivamente. Os fatores históricos de determinados grupos acabam refletindo em sua forma de se alimentar. O brasileiro, por exemplo, tem a feijoada.

Há vinte anos meus hábitos alimentares eram um pouco diferentes dos atuais. Como morava na casa dos meus pais, costumava comer muita verdura e legumes e, na maioria das vezes almoçava e jantava em casa, com alimentos preparados pela minha mãe ou pela cozinheira. Eram refeições mais saudáveis.

Hoje, na maioria das vezes, almoço fora em restaurantes por quilo, onde procuro fazer refeições balanceadas, juntando verduras e legumes, carboidratos, além das carnes. A janta, porém, não é tão saudável assim, com a falta de tempo para o preparo, acabo buscando socorro nos "deliveries" e acabo consumindo muita pizza, sanduíches, esfihas. Em diversos momentos também acabo comendo os chamados fast foods, além de produtos industrializados.

Como moro em Santos, região litorânea do estado de São Paulo, meus hábitos alimentares são semelhantes àqueles ligados aos grandes centros urbanos. Grande variedade de produtos industrializados está à disposição em supermercados e aqueles de alto valor calórico em restaurantes fast food e "deliveries". Por outro lado, temos em Santos e região uma grande oferta de pescados. Recentemente foi eleito prato típico local a " Meca Santista" que tem como base um fruto do mar. No bairro da Ponta da Praia existe o tradicional Mercado de Peixes que existe há muitos anos e que já atendeu diversas gerações de moradores e turistas que vão em busca de uma enorme variedade de pescados. Portanto, a relação dos hábitos alimentares da comunidade santista possui uma estreita relação com a História e a Geografia local.

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Opinando 1

Concordo com a discussão de vocês, M. e B.!

Hoje existe uma praticidade em termos de fast foods e produtos industrializados. A questão principal é mesmo a falta de tempo. A gente trabalho o dia inteiro e, de noite e aos finais de semana, ainda estudamos aqui na Unimes Virtual. Não temos tempo para nos dedicar à compra e à preparação de alimentação saudável. Quando vamos almoçar ou jantar queremos algo que seja rápido e fácil de fazer. Acabamos consumindo alimentos com alto valor calórico.

Essa é a realidade de nossos tempos, o que tem aumentado os problemas de saúde como obesidade e ocorrência de diabetes.

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Opinando 2

Ola R., Ola M.!

Vendo a variedade existente na culinária brasileira me deu até fome (está próximo da hora do almoço). Muito legal, as citações feitas por você R.. Parece até aula de geografia culinária (risos).

O bom disto tudo é o que falou a M., as adaptações quando a gente viaja. Dependendo do lugar que a gente vai conhecer, um prato típico a gente vai encontrar. O que dizer do café colonial no Rio Grande do Sul ou o famoso Chiclete de Camarão em Alagoas? É muito bom saborear o acarajé baiano, o tutú paulista e a peixada capixaba.

Por outro lado nem tudo agrada a todos os paladares. Buchada de bode não é todo mundo que come, mesmo estando em pleno nordeste. Tucupi e Tacacá são pratos que agradam à população de Belém do Pará, mas nem sempre o turista gosta.

Felizmente (ou infelizmente?), com a globalização, os restaurantes nas diversas capitais brasileiras acabam oferecendo um "cardápio internacional", onde as refeições são muito parecidas em qualquer canto que o turista vai. De qualquer forma, sempre vale a pena sair do lugar comum e experimentar a culinária local, mas se não agradar, a gente sabe que vai encontrar o tradicional arroz com feijão em qualquer canto do Brasil que a gente estiver.

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Opinando 3

É verdade E. e M.! Quantas vezes almoçamos e jantamos no Mc Donald's?



Antigamente, ir comer no Mc Donald's era uma diversão de final de semana, um programa ou passatempo. Hoje em dia está cada vez mais se tornando regra. Agora com os deliveries, então, a gente pede e o Big Mac chega em casa.

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Opinando 4

Realmente B. e A.! Os hábitos alimentares do campo são na maioria das vezes mais saudáveis daqueles de quem vive nas cidades.

Também concordo que as pessoas no campo têm muito mais disposição.

Os produtos industrializados trazem facilidades, mas também geram prejuízos. Concordo com o B., muitos alimentos parecem que tem o mesmo gosto. Nuggests, batata chips, bolachas, lasanhas e biscoitos, todos com o mesmo gosto de caldo knorr, ora de carne, ora de galinha. O pior é que quando preparamos um arroz, um feijão ou o molho do macarrão, acabamos utilizando estes mesmos temperos industrializados.

Por outro lado, nada tão simples como fazer um miojo quando estamos cansados, com fome e sem tempo.

Fazer o que? São as facilidades e as limitações de nossa vida agitada nos centros urbanos.

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Opinando 5

Ola M.!

Além dos problemas elencados por você, também sabemos que no Brasil, apesar das terras férteis e dos enormes espaços para o plantio, existe a questão do agronegócio. Os produtores optam por plantar produtos como a soja e o trigo, voltados para a exportação e deixam de investir em produtos para a alimentação do mercado interno, como o feijão, os hortifrutigranjeiros, entre outros. Preferem investir na soja para engordar o gado europeu, do que em produtos para o próprio brasileiro se alimentar.

O resultado é que os produtos agrícolas acabam ficando mais caros devido a menor oferta. Por outro lado, os donos dos agronegócios vêem seus lucros expandirem graças às exportações. É um contra-senso, afinal, sabemos que existem muitas pessoas passando fome no Brasil.

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Opinando 6

Dei muitas risadas lendo seu comentário.

Não tem como resistir a um pastel acompanhado de caldo de cana. Nossa! Isto faz parte da nossa história. A história do paulista/paulistano e quem sabe de outras regiões e estados também. Por sinal, este é um hábito que nunca perdi. Desde muito novo quando acompanhava minha mãe na feira, sempre pedia um pastel de pizza e um copo de caldo de cana, às vezes com um pouco de limão.

Melhor combinação não há (risos).