30 outubro 2011

Avaliação: Educativa, Formativa, Contextualizada e Inclusiva.

Para mim, avaliar não é simplesmente atribuir notas ou outra escala de graduação onde os alunos são classificados como bons ou ruins, como capazes ou incapazes. Avaliar é entender todo o processo de aprendizagem do aluno e deve ser levado em consideração não apenas uma prova, mas sim todos os momentos de interação/aprendizagem do aluno em sala de aula.

A avaliação deve ser entendida também como diagnóstica e tomada de decisão. Diagnóstica para entender o que está dando certo e quais as falhas existentes nas práticas pedagógicas de um professor ou de uma instituição de ensino. Tomada de decisão para redirecionar as ações quando os resultados não estiverem sendo satisfatórios.

Sob meu ponto de vista, outro aspecto deve ser levado em consideração no momento da avaliação, as particularidades históricas de determinado aluno ou grupo de alunos. Ou seja, deve-se também levar em consideração sua estrutura emocional, sua vida familiar, suas características socioeconômicas e culturais que muitas vezes interferem negativamente em seu rendimento escolar, ficando o professor limitado em suas ações de interferência. Daí advém as idéias de estudiosos da Avaliação (com suas teses e dissertações) e a aparição de termos como: avaliação educativa, avaliação formativa e avaliação contextualizada e, sobretudo, a idéia de avaliação como forma de inclusão.

É importante, nos dias de hoje, que tanto professores quanto a escola como um todo entenda que a avaliação é muito mais complexa e abrangente do que simplesmente aplicar uma prova e distribuir notas. Felizmente, muitos profissionais da educação já conseguem entender isto e levam todos estes aspectos em consideração no momento em que avaliam seus alunos.

Na época que fiz o Ensino Fundamental, primeira metade da década de 1980, na maioria das vezes, a avaliação era feita basicamente no formato de atribuir notas. Os alunos que conseguiam tirar notas boas passavam de ano, enquanto que aqueles que ficassem com muitas notas vermelhas, repetiam. A aplicação de provas era o formato mais utilizado para avaliar os alunos, que muitas vezes decoravam a matéria (ou questionários) para poder “ir bem na” prova. Por outro lado, havia professores de "vanguarda" que avaliavam os alunos com pesquisas, participação em aula e portfólios. Mas estes eram exceções.

Atualmente, a maioria dos professores da escola que trabalho, avalia o aluno como um todo, em todos os aspectos, não somente pela aprendizagem de conteúdos e aquisição de habilidades e competências, mas também pela participação em aulas, interesse, comportamento e atividades extraclasse. Porém, existem aqueles professores "saudosistas" que ainda gostam de julgar os alunos apenas pela nota de uma ou duas provas. Felizmente, estes são minoria.